Seja bem-vindo(a) em nosso site oficial Itabira (MG), 15 de abril de 2025

Histórico

CATEDRAL DIOCESANA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
“Uma casa para muitos, uma mãe para todos”

Da Capela do Rosário, remontando ao início dos anos 1700, nasce uma Matriz, local de devoção de uma comunidade emergente. Da Matriz piedosa nasce uma Paróquia, a primeira Paróquia de um povoado que cresceu exponencialmente e por fim se mostrou grande Cidade de tesouros minerários e históricos.

Foi em 06 de abril de 1826, do desmembramento de Santa Bárbara, que a Matriz do Rosário se elevou a Paróquia de Nossa Senhora do Rosário e pelo crescente número de fiéis, a necessidade de construção de um templo maior e acolhedor, concluído em 1848, quando a Freguesia enfim se tornava Cidade de Itabira.

Anos depois, em 14 de junho de 1965 por meio da Bula Haud Inani, com território desmembrado das Arquidioceses de Mariana e Diamantina, o Papa Paulo VI, cria a Diocese de Itabira- Coronel Fabriciano.

Elege-se como sede da nova Diocese, a cidade de Itabira e como Catedral Diocesana a Igreja Matriz da Paróquia de Nossa Senhora do Rosário, esta mesma que carrega consigo a história de existência desde a aurora da formação do emergente núcleo urbano.

A instalação canônica em 29 de dezembro de 1965 consagrou a Matriz do Rosário como Catedral Diocesana Nossa Senhora do Rosário, com Celebração presidida pelo Núncio Apostólico Dom Sebastião Baggio e com a presença de diversos Bispos, dentre eles o primeiro Bispo da Diocese recém-criada, Dom Marcos Antônio Noronha.

A Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário, concluída em 1848 e elevada a Catedral Diocesana em 1965, na madrugada do dia 09 de novembro de 1970, por consequência às fortes chuvas e precariedade estrutural, desabou. Tamanha tristeza tomou o coração do povo.

A Catedral antiga era composta por paredes de adobe, telhado colonial e duas torres, sendo a da esquerda composta pelo grande sino “Elias”, também chamado sino do Santíssimo Sacramento e, da direita, com os demais sinos em diversos tamanhos, porém bem menores que o grande Elias.

Em 1976 se inicia a construção da nova Catedral, por intermédio da manifesta fé da comunidade que, reunida em mutirão e com empenho de muitos, prepararam alicerces e ergueram aos poucos as paredes do templo.

Ousada para época e notadamente diferente da arquitetura da Igreja antiga, o projeto arquitetônico da nova Catedral, assinado pelo arquiteto Fernando Lino da Rocha, buscou traduzir de forma harmônica nossa história enquanto Paróquia e Diocese, idealizando-a como “uma Catedral para um novo tempo”. As paredes circulares recordam o esforço de crescermos juntos como Igreja, seu formato arredondado apresenta a ideia de um grande abraço que acolhe a todos. O forro de madeira, feito de ripas, põe em destaque o Altar, mostrando que a comunidade se constrói em torno da Eucaristia. Os tijolos de barro evocam o barro de nossas origens. Todo o conjunto arquitetônico representa uma história que não foi ruída, mas se perpetua no tempo, daí também sua forma circular e acolhedora. No mesmo sentido, a Igreja mãe de toda a Diocese não possui em seu interior colunas, a fim de que nada possa impedir o contato do presidente da celebração com o seu povo reunido.

Tendo em vista a construção de um novo templo, a Catedral nova, construída no mesmo lugar da anterior, foi consagrada no dia 29 de dezembro de 1985, vigésimo aniversário da Diocese, em solenidade presidida pelo Núncio Apostólico, Dom Carlo Furno e concelebrada pelo então Bispo Diocesano, Dom Mário Teixeira Gurgel, pelo Bispo Auxiliar, Dom Lelis Lara, e também pelos então Arcebispos de Mariana, Diamantina, Belo Horizonte, Vitória, os Bispos de Itaguaí, Oliveira, Governador Valadares, Caratinga, Sete Lagoas, Cachoeiro Itapemirim e muitos presbíteros da Diocese e advindos de Dioceses vizinhas.

De beleza evidenciada na simplicidade arquitetônica, embora de irrefutável conceito inovador, à frente do seu tempo, a Catedral Diocesana de Itabira é para todos os filhos dessa Diocese, e também aos que aqui visitam, uma casa e também uma mãe acolhedora. Sé Episcopal, a casa do nosso Bispo Diocesano, o pastor principal deste rebanho, é também Igreja sede de uma Paróquia viva e dinâmica, com ativa vida pastoral, de destacado compromisso litúrgico e ação cotidiana em prol do Reino de Deus.